sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A VERDADE SOBRE O NATAL


     Existem muitas especulações acerca desse assunto e são diversos os artigos e opiniões  tornando-o mais e mais polêmico. O objetivo é apenas esclarecer as dúvidas existentes, eliminando toda atmosfera misteriosa acerca dessa temática.

O QUE É O NATAL?

      A palavra NATAL vem do latim “natale”, relativo ao nascimento. O mundo ocidental cristão define o natal como a celebração do nascimento de Jesus Cristo, e isso ocorrem, todos os anos, no dia 25 de dezembro. Nessa mesma data é celebrado em vários lugares do mundo o que poderíamos chamar de a maior festa da cristandade, o nascimento de Jesus.

QUANDO JESUS NASCEU?

 

        A bíblia não relata o dia e o ano em que Cristo nasceu, também não existem fontes históricas que revelam tal data, mas sabemos que não foi em Dezembro, pois nesta época do ano, em Israel, o inverno é rigoroso e a bíblia no relato do nascimento de Cristo diz que havia pastores no campo cuidando das ovelhas na madrugada (Lc 2:8-20).
 Não foi em Dezembro, pois as ovelhas ficavam alojadas nessa época.



       





Por não saber exatamente a data do nascimento, algumas teorias foram levantadas, especulando que o nascimento de Jesus foi em Abril, Outubro ou Setembro. Uns tentam justificar tais datas por meio da astronomia, explicando a aparição da estrela que ocorreu no nascimento de Cristo, outros por sua vez, vão a história Romana em busca da data do decreto de Cezar Augusto acerca da ordem de recenseamento, motivo pelo qual Maria e José deixaram Nazaré da Galiléia para ir à Belém da Judéia onde Cristo nasceu. Mas tais teorias não passam de meras especulações.

        O que sabemos de fato é que existe uma grande falha em nosso calendário Romano, historiadores ao comparar os registros bíblicos do evangelho e os registros extra-bíblicos, descobriram que Jesus nasceu 4 a 7 anos antes do ano “zero” do calendário Romano, pois os registros bíblicos dos evangelhos menciona a morte de Herodes, o grande, depois do nascimento de Cristo (MT 2:19), mas nos registros extra-bíblico encontramos o relato da morte de Herodes antes do ano “zero” do calendário Romano, a bíblia de fato está correta acerca da morte de Herodes depois do nascimento de Cristo.

       Porém foi cometido um sério erro de cálculo na formação do calendário Romano por volta do VI século, onde começaram a contar o ano “zero”, 4 a 7 anos depois do verdadeiro ano do nascimento de Cristo. Isso nos leva a entender que Jesus realmente nasceu aproximadamente 4 a 7 anos antes do ano “zero”, ano este, que para o calendário Romano foi o ano do nascimento de Cristo, e que hoje estamos 4 a 7 anos a frente do nosso tempo, ou seja quando chegarmos em 2010 será 2014 a 2017 aproximadamente.

        Outra verdade é que também não encontramos em nenhuma fonte histórica, interesses nos cristãos primitivos de celebrar a festividade do nascimento de Cristo, tal começou a ser comemorada no século IV, mas sempre foi do conhecimento de todos que 25 de dezembro era apenas uma data simbólica.

POR QUE 25 DE DEZEMBRO?



        A comemoração do Natal “nascimento de Jesus” surgiu de um decreto. O Papa Júlio I decretou em 350 que o nascimento de Cristo deveria ser comemorado no dia 25 de Dezembro, substituindo a veneração aos deuses pagãos e suas festividades profanas realizadas nessa mesma data.

      Alguns líderes da igreja se opuseram a idéia e a data em que era celebrado o Natal. Resistiram a idéia, porque somente Faraós, Herodes e deuses pagãos comemoravam aniversário e a data, porque era uma data de muitas festividades pagãs entre os Celta, Germânicos, Romanos, Gregos e etc. Apesar de muitos misticismos pagãos relacionados a essa data, o que sabemos de fato é que Cristo nasceu. Evidentemente não sabemos o dia e o ano, mas isso realmente não importa, pois independente de data, lugar e forma, Ele nasceu para reinar e como disse o sábio Angelus Silesius: "Ainda que Cristo nascesse mil vezes em Belém, senão nascer dentro de ti, sua alma segue perdida".

        Quanto ao fato do Natal ser no dia 25 de dezembro, mesma data de festividades pagãs, qual é o problema? Poderia ser qualquer dia, pois todos os dias são do Senhor, Oxalá que o período de carnaval fosse substituído por um grande encontro de pessoas que se reunisse para comemorar seja o que for, Seu nascimento, Sua morte, Sua ressurreição ou a Sua volta, desde que Seu nome em qualquer comemoração seja exaltado, não vejo mal algum.

COMO SURGIU O PAPAI NOEL?



        Estudiosos afirmam que a figura de papai Noel, foi inspirada num bispo chamado Nicolau, que nasceu na Turquia em 280 d.C. O bispo, homem caridoso que distribuiu suas riquezas aos pobres e viveu para ajudar os carentes e necessitados, usava vestes vermelhas, cores dos mantos tradicionais dos bispos naquela época e costumava jogar saquinhos com moedas nas chaminés das casas. Após sua morte se tornou um santo e em sua homenagem fundaram a associação São Nicolau, que surgiu na Alemanha e espalhou-se pelo mundo em pouco tempo. Nos Estados Unidos ganhou o nome de Santa Claus, no Brasil de papai Noel e em Portugal de Pai Natal.

COMO SURGIU A ÁRVORE DE NATAL?



        A árvore de Natal é um pinheiro, enfeitado e iluminado, especialmente nas casas na noite de Natal. A tradição da árvore pinheiro tem raízes muito mais longínquas do que o próprio Natal. Eram utilizadas em cultos pagãos, em celebrações e enfeites, vejamos:

        Os romanos enfeitavam árvores em honra a Saturno, deus da agricultura, mais ou menos na mesma época em que hoje se prepara a árvore de Natal. Os egípcios traziam galhos verdes de palmeiras para dentro de suas casas no dia mais curto do ano (que é em Dezembro), como símbolo de triunfo da vida sobre a morte. Nas culturas célticas, os druidas tinham o costume de decorar velhos carvalhos com maçãs douradas para festividades também celebradas na mesma época do ano.
Segundo a tradição, S. Bonifácio, no século VII, pregava na Turíngia (uma região da Alemanha) e usava o perfil triangular do pinheiro com símbolo da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). Assim, o carvalho, até então considerado como símbolo divino, foi substituído pelo triangular pinheiro.
Na Europa Central, no século XII, penduravam-se árvores com o ápice para baixo em resultado da mesma simbologia triangular da Santíssima Trindade.
Árvores de Natal como hoje se conhece


A primeira referência a uma “Árvore de Natal” surgiu no século XVI e foi nesta altura que ela se vulgarizou na Europa Central. Há notícias de árvores de Natal na Lituânia em 1510.
Diz-se que foi Lutero (1483-1546), autor da reforma protestante, que após um passeio pela floresta no Inverno, numa noite de céu limpo e de estrelas brilhantes, trouxe essa imagem à família sob a forma de Árvore de Natal, com uma estrela brilhante no topo e decorada com velas, isto porque para ele o céu devia ter estado assim no dia do nascimento de Jesus, e a utilizou como ilustração em diversos sermões pregados em vários lugares, pois o pinheiro é a árvore símbolo da vida, pois mesmo no inverno que é Natal no hemisfério norte e apesar das densas neves, o pinheiro não perde suas folhas, portanto é uma grande representação da vida do cristão. Tal costume começou a enraizar-se na Alemanha, as famílias ricas e pobres decoravam as suas árvores com frutos, doces e flores de papel (as flores vermelhas representavam o conhecimento e as brancas representavam à inocência). Isto permitiu que surgisse uma indústria de decorações de Natal, em que a Turíngia se especializou.



        No início do século XVII, a Grã-Bretanha começou a importar da Alemanha a tradição da Árvore de Natal pelas mãos dos monarcas de Hannover. Contudo a tradição só se consolidou nas Ilhas Britânicas após a publicação pela “Illustrated London News”, de uma imagem da Rainha Vitória e Alberto com os seus filhos, junto à Árvore de Natal no castelo de Windsor, no Natal de 1846.

        Esta tradição espalhou-se por toda a Europa e chegou aos EUA, mas não se consolidou uniformemente dada à divergência de povos e culturas. Contudo, em 1856, a Casa Branca foi enfeitada com uma árvore de Natal e a tradição mantém-se desde 1923, não somente nos EUA, mas em toda a América.



É PECADO COMEMORAR O NATAL?



        Sabemos que não existe fundamento bíblico para que seja comemorado o Natal - “nascimento de Cristo”, mas também não há nenhuma proibição de comemorá-lo, exceto a de “apartai-vos dos ídolos” (Ez 14.6; I Jo 5.21),ou seja, tal comemoração pode se tornar uma idolatria e isso é abominação ao Senhor Deus, contudo fica evidente que comemorar não é pecado mas, como se comemora pode se tornar um grande pecado. Alguns substitui Cristo por Papai Noel, outros aproveitam a situação para a glutonaria, bebedices, depravação, promiscuidade, idolatram a data, Papai Noel e os rituais natalísticos, e etc. ISSO É PECADO!
         Portanto a grande questão não é comemorar, mas como se comemora.
    Acredito que essa fase do ano é mais específica e oportuna para anunciarmos a verdade. Se o Natal é o nascimento de Cristo, isso comemoro todos os dias, e não simplesmente no dia 25 de Dezembro, mas vale salientar que, particularmente não comemoro os “rituais natalísticos”, mas comemoro o momento entre amigos e familiares, comemoro a sensibilidade humana e solidária dessa época e a oportunidade de anunciar que Cristo vive e voltará.

O CRISTÃO PODE DECORAR A CASA COM ENFEITES NATALINOS?





       




Acerca desse assunto não trago uma palavra de proibição, mas de recomendação, é preciso tomar cuidado para que em meio a tantos preparativos, decorações e enfeites natalinos, não venhamos pecar ao colocar símbolos pagãos dentro do nosso lar. A bíblia diz “não meterás coisa abominável em tua casa, para que não seja amaldiçoado...” (Dt 7.26), enfeitar a casa ou não, é uma opção de cada um, a depender de sua fé e de sua maturidade. A bíblia diz que “Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova. Mas aquele que tem dúvidas,... está condenado, porque o que faz não provém da fé; e tudo o que não provém da fé é pecado”. (Rm 14: 22,23).

        Existem alguns argumentos que alegam que os enfeites e árvores são e possuem simbologias satânicas. Sinceramente desconheço a veracidade destas informações. Porém vale salientar que o mundo está cheio de simbologias e que os símbolos só possuem valor quando nos apegamos ao que ele representa. Portanto o pecado não está relacionado a enfeitar ou não a sua casa, mas as motivações que o leva a enfeitar.[...] Se suas intenções forem idolatrar as ornamentações, rituais e simbologias natalinas, ofuscando a presença de Cristo, evidentemente estarás pecando, tendo em vista que a bíblia recomenda “Portanto, meus amados, fugi da idolatria” (I Co10:14), todavia se suas motivações estiverem relacionadas ao simples fato de criar um ambiente e um cenário de confraternização familiar, louvando e agradecendo a Deus pela sua infinita bondade, sinceramente não vejo mal algum, mas para aqueles que julgam tais atitudes recomendo o conselho do Apóstolo Paulo "Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados," (Cl 2 :16).
PENSA:

        Celebrar o Natal é anunciar a verdade a todos e a todo tempo que Cristo vive e reina. É ensinar as nossas crianças que papai Noel não existe, mas papai do céu é vivo e real. É aceitar seu plano de salvação para nossas vidas e viver conforme a sua vontade.

        Desejo a todos, um Feliz Natal todos os dias e que ele não seja celebrado somente naqueles dias em que os enfeites natalinos dominam as ruas da cidade, em que as canções são entoadas na esperança de uma vida melhor, e os corações tornam-se mais sensíveis e solidários_emocionais, mas que o Natal seja algo presente em nossas vidas como o menino Emanuel “Deus conosco”, pois dessa forma, poderemos celebrar a cada instante, não somente o Seu nascimento mas principalmente o Seu reinado eterno em nossas vidas.

Shalom Adonai

O arcabouço teólogico dos praticante​s de Batalha Espiritual




Uma  análise acerca de alguns dos principais equívocos dos teólogos do chamado  movimento de batalha espiritual à luz do livro de Jó.

O movimento recente de 'batalha espiritual' tem  conceitos controvertidos e aqui analisaremos alguns deles a partir das  escrituras, especialmente no Livro de Jó, buscando responder, ainda que de forma  sucinta, questões inquietantes da alma humana, tais como: Por que o justo sofre?  Por que Deus permite tal sofrimento? E por que devemos crer em Deus mesmo sem  haver qualquer benefício visível?


Augustus Nicodemus Lopes define o arcabouço  teológico dos praticantes de Batalha Espiritual como ekbalístico, termo derivado  do verbo grego que significa expulsar, atacar, expelir.


Aqueles que se identificam com esse movimento,  tais como Peter Wagner, Neuza Itioka, Valnice Milhomens, dentre outros, eles não  se definem desta maneira, mas pode-se notar que partem da premissa de que o mal  e a adversidade tem origem no diabo, o qual encontra “brechas” na vida do ser  humano abertas pelo pecado.


Neste meio entende-se 'pecado' como toda ação ou  omissão contrária a Palavra de Deus, mas não é levado em consideração a  pluralidade hermenêutica dos textos bíblicos, portanto na prática, “pecado” passa ser tudo aquilo que o líder, geralmente alguém denominado ‘Apóstolo’, considera, entende e interpreta como sendo contrário a Palavra de Deus, sendo  então essa ação ou omissão a responsável pela “brecha” aberta para atuação  demoníaca e o consequente sofrimento humano.


Naturalmente, tal movimento tem aqui um sério  problema doutrinário-conceitual, pois é fácil demonstrar pelas escrituras que em  última instância Deus é o responsável pelo sofrimento humano.


Porém, antes que alguns leitores queiram me  atirar pedras por tal “blasfêmia”, quero convida-los a um breve estudo do livro  de Jó.


À primeira vista, o Livro de Jó parece apenas  relatar a história de um homem reto que suporta sofrimento intenso. Mas, na  verdade o ponto central  é a sabedoria e soberania de Deus.


Jó identificou Deus como Aquele responsável  por todo o seu sofrimento. Em momento algum Jó culpa Satanás, nem sequer tenta  expulsar, atacar ou expelir aquele que havia lhe desferido duros golpes (Jó  2:10).


O Livro de Jó responde a uma questão  inquietante quando apresenta a realidade de que os justos e íntegros também  sofrem, sendo que a Soberania de Deus contrasta com as respostas fáceis,  superficiais e nada consoladoras dos amigos de Jó (Jó 42:7-8).


A teologia do recente movimento de 'batalha  espiritual' (especialmente no Brasil) é a teologia dos amigos de Jó, posto que se  baseaiam na lógica de causa-efeito e entendem que o sofrimento humano é sempre  produto do pecado. E este ganha espaço no vida do crente pela ação de demônios,  que senão podem possuir o crente, podem demoniza-lo ou oprimi-lo para que se  mantenha em pecado; E foi partindo dessa premissa que tais ministérios de  libertação desenvolveram “técnicas de libertação” fundamentadas num legalismo  cheio de regrinhas de conduta pseudo-santificadoras do tipo “não toque”, “não  veja”, “não faça” “não coma” etc...


Sem dúvida, a santidade é um tema importante  para a fé cristã e que não deve ser negligenciado pelo Cristão, posto que sem  ela ninguém verá a Deus (Hb. 12:14). Contudo, a santidade não pode ser tratada  sob o ponto de vista utilitarista, tal como se santidade fosse um mecanismo para  evitar o sofrimento mantendo satanás afastado de nossas vidas.


[...]É claro que devemos ser santos, porque Ele é  Santo! Mas devemos ser santos tão somente em sinal de gratidão Àquele que pela  Graça, e sem nenhum motivo nos redimiu, anulando a sentença condenatória que já  estava transitada em julgado contra nós.


É por essa razão também que devemos crer nEle,  mesmo que não haja nenhum motivo visível, uma vez que de Deus somos filhos, e não  animais amestrados, os quais somente obedecem ao dono mediante paga ou promessa de  recompensa.


[...]Santidade tem que ser vivida com o propósito  de adorar a Deus, não para manter satanás afastado, evitando assim sofrimentos.


Aquele que vive a santidade com propósito de  adorar a Deus está colocando seus olhos em Deus, e sua motivação está tão somente  no Senhor, ao contrário daquele que se santifica por causa do diabo, buscando se “santificar” para ficar cada vez mais “poderoso” espiritualmente para derrotar o  diabo em batalhas e escaramuças.


Outro conceito controvertido do recente  movimento  de Batalha Espiritual é sua  cosmovisão  dualista/maniqueísta.


Segundo a "Apóstola" Neuza Itioka, e também nos livros de  Rebecca Brown e Eduardo Mastral, a presença, e força do diabo no mundo é  retratada de tal modo que os cristãos se tornam psicológicamente reféns das  forças diabólicas, vendo-se compelidos a praticarem rituais diários, tal como “se revestir da armadura de Deus”, a fim de se proteger dos “ataques  espirituais”; [...]Nota-se que tal prática não é muito diferente dos pagãos  esotéricos que penduram no pescoço pedras energizadas, tomam banho de ervas e/ou  confeccionam patuás para se protegerem do mal.




A armadura descrita por Paulo em Efésios não é  uma vestimenta-mística-espiritual, mas sim uma série de valores que o Cristão  deve internalizar moldando seu caráter. Verdade, justiça, fé, dentre outros  valores foram usados por Paulo alegóricamente a uma armadura romana, afim de  transmitir a mensagem de que o cristão deve viver por estes valores e que são  eles que preservam o cristão no dia mau.


Além disso, Deus e o diabo não estão em  guerra, posto que Jesus já despojou todos os principados e potestades e com Ele  triunfamos na cruz (Cl 2:14,15). O diabo está subordinado a Deus e sua atuação  está limitada pela vontade soberana de Deus, como em Jó cap. 1.  
Portanto, em  última instância, Deus é o responsável pelo sofrimento, sendo o diabo mero  executor da vontade de Deus. Em Isaías 45:7, Deus diz: "Eu formo a luz e crio as  trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas."


Mas antes que agora tentem colocar Deus no  banco dos réus, primeiro respondam as questões que Ele mesmo propós para Jó (Jó  38:1 - 40:2; Jó 40:6 – 41:34). Assim perceberão que a sabedoria e soberania do  Senhor, ainda que nos sobrevenham tempos difíceis e dias maus, ela silencia o  homem e faz que ele coloque a mão na boca (Jó 40:4).


Não se pode negar a atuação de satanás, mas Jó  discerniu a verdadeira causa de seu sofrimento e não perdeu tempo buscando  identificar o pecado que abriu a “brecha” em sua vida para satanás, tal como  seus amigos persistentemente propunham.

No livro de Jó há sabedoria e soberania  absolutas de Deus, inclusive diante do sofrimento humano causado por Ele, elas  desconstruiram completamente os discursos pseudo-espirituais de Elifaz, Bildade  e Zofar (Jó 42:7-8), os quais infelizmente ainda hoje são reproduzidos sob  pretexto de revelação e libertação espiritual.






por Mariel  M. Marra é teólogo, membro da Igreja Presbiteriana do Brasil

Shalom Adonai