sexta-feira, 28 de outubro de 2011



A Esposa de Jó

[...]A Bíblia nos descreve Jó como sendo o homem mais rico do Oriente (Jó 1.3). Isto é muito forte. É possível imaginar a sua esposa sendo uma fina senhora rodeada de conforto. Sua casa deveria ser um “palacete”. Os móveis e os adornos eram de alto estilo, talvez todos importados e comprados com muito bom gosto.

Os empregados vestiam-se com trajes especiais e havia entre eles muito respeito pelo seu senhorio. A comida fina e requintada era posta na grande mesa na sala do banquete, onde sempre havia convidados, e a família se reunia para conversar e se alegrar.

Os dez filhos do casal eram amigos e se visitavam com freqüência. Formavam uma família próspera e muito feliz. Isto até mesmo deveria despertar inveja nos corações de alguns, que talvez não lhes conhecessem a simplicidade interior. Pois, apesar de toda essa riqueza e luxo, Jó e sua família tinham um coração simples e modesto, reconhecendo a bondade de Deus em todas as coisas que vieram a possuir.

Num dia fatídico, entretanto, a tragédia veio bater à porta daquela família feliz. No mesmo dia, chegaram, seguidamente, as notícias para o casal: todo o gado tinha sido levado por ladrões e os empregados de Jó estavam mortos (1.14-15)

Enquanto esta notícia era dada, outro servo chegou dizendo que havia caído fogo do céu e queimado todas as suas ovelhas e os seus pastores, no campo (v.16). Outro servo falou que os camelos tinham sido levados pelos caldeus e os servos foram todos mortos ao fio da espada (v. 17).

E, finalmente a notícia mais doída para o coração do casal: seus filhos estavam mortos sob os escombros da casa que desabara sobre eles, provocada por um vendaval do deserto (v. 18-19).

Com toda a dor das perdas, Jó continuou confiando em Deus e adorando-o. Sua esposa assistia a tudo isto e sentia-se esmagada pela dor. Geralmente as mulheres são mais 'sensíveis' do que os homens e, na verdade, ela estava sofrendo demais.

Sabemos que as provações não moldam o caráter, mas apenas o revelam…Muito significativo!

O caráter íntegro e confiante de Jó permaneceu inalterado. Ele reconheceu que tanto receber o bem (as bênçãos) quanto experiências negativas, isto fazia parte da vivência humana, [...]e qusofrer o mal, ou seja, as e Deus estava no controle de todas as coisas.

Entretanto, para sua esposa as coisas eram diferentes. Ela não conseguia enxergar de maneira clara o que estava acontecendo, e desesperou-se.

Com as perdas dos empregados, do gado, dos camelos e, principalmente dos filhos, o luxo da casa começou a perder o brilho. A falta da presença dos dez filhos trouxe à esposa de Jó uma sensação de vazio e de grande tristeza

[...]Ela procurava manter a calma, mas seu coração amargurado estava cheio de revolta contra Deus.

Como ela poderia aceitar tantas perdas? Como poderia se sentir a mesma sem os bens que sempre tivera?

Como poderia viver num padrão de vida mais baixo, sob os olhares de compaixão das amigas e o olhar satisfeito dos invejosos?

A provação vem para todos e, parece que a esposa de Jó não estava preparada para o sofrimento. O seu coração ia se enchendo de sentimentos negativos de auto-comiseração e revolta. E as coisas pioraram ainda mais.

A última prova alcançou o corpo de Jó. Uma enfermidade repugnante tornava sua companhia indesejável. Jó ficou cheio de tumores malignos do alto da cabeça à planta dos pés, sua pele estava cheia de feridas e seu hálito era insuportável (19.17).

[...]Era uma situação terrível para sua esposa.

Ela não podia mais contemplar o sofrimento do esposo. Ele apresentava insônia, inapetência, magreza e incômodo por coceiras em todo o corpo.

A pressão externa das circunstâncias era sobremodo grande para ela. Enquanto Jó mantinha a sua integridade e sua fé, ela não estava agüentando mais, e, literalmente “surtou”. Reagiu, então, com um ataque à fé de seu esposo, dizendo-lhe:
“Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre”. [...]Era o seu limite. Ela apenas enxugara externamente as lágrimas no sepultamento dos filhos, mas seu coração continuava chorando. Olhava para a casa sem os empregados de outrora e suspirava, sentindo o coração apertado e cheio de pena de si mesma…

Embora toda essa provação era para Jó! É certo que nas provações da vida, não podemos olhar para nós mesmos, mas precisamos olhar para Deus. Se cairmos nessa tentação de olhar para o nosso estado na provação, então o inimigo terá alcançado êxito e nos fará desistir de Deus, da fé e da vitória.

A fé nos faz ver o invisível, crer no incrível e sonhar com o milagre impossível aos olhos materiais…

Jó ficou muito bravo com a esposa, quando ela lhe falou para desistir de lutar, de viver, de sonhar. Ele a chamou de “louca”. Realmente é loucura desistir de lutar, de viver, de sonhar…

A chama que aquece o nosso coração é a fé. É a certeza das coisas que se esperam. É a prova das coisas que não se vêem. Sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6). Sem fé é impossível viver feliz e ter esperança…Na escuridão das provas é preciso olhar para Deus, para o alto, e confiar, e descansar, e esperar somente nele, pois dele vem a nossa salvação.

É bem possível que a esposa de Jó tenha atentado para a exortação de seu marido. É bem possível que ela tenha parado um pouco e refletido na insensatez de suas palavras dirigidas ao seu amado esposo…
É bem possível que ela tivesse se arrependido do que falara e tenha se recolhido à meditação e reflexão sobre os acontecimentos, aguardando o desfecho…Quando não se tem nada a fazer, devemos ficar quietos e esperar no Senhor. Confiar totalmente em sua bondade e na misericórdia de seu coração paternal. Devemos sim, guardar a “porta dos nossos lábios” para não falarmos tolices, das quais venhamos a nos envergonhar mais tarde.

Ao contrário, devemos liberar palavras de fé, de esperança, de confiança e de descanso em Deus.

No final da provação de Jó, vemos a restauração de seus bens, de sua saúde, de sua família. Deus lhe deu outros filhos, e a alegria de antes voltou. As experiências vividas fortaleceram a fé da família. A humildade de seus corações diante de Deus aumentou, e a perseverança veio a se tornar amiga da esposa de Jó…
Reflita:
Como você agiria estando no lugar da esposa de Jó?
Você já passou por alguma prova semelhante às desta família?
Você já “surtou” (entrou em desespero) alguma vez na vida?
Como agir para que isto não ocorra nos momentos de grande pressão externa?
Em sua opinião, qual a maior bênção que a esposa de Jó recebeu depois que tudo passou?
Qual a atitude que devemos ter diante das provações da vida?
Leia o que Tiago fala das provações (Tg 1.2-4) e compartilhe com alguém, que esteja passando por lutas.


    

SHALOM ADONAI



OS DEZ MANDAMENTOS DO CASAMENTO



1 – Nunca se irritar ao mesmo tempo. Procure evitar a explosão. Quanto mais complicada parecer  a situação, mais a longaminidade é necessária.
2 – Nunca grite um com o outro, a não ser que a casa esteja pegando fogo. Quem tem bons argumentos não precisa alterar a voz.
3 – Se alguém deve ganhar na discussão, deixe que seja o outro. Se o diálogo se transformar em discussão, permita que o outro vença, para que mais rápido ela termine...Recuar é sábio. Muitas vezes é preciso. Se algo tiver que ficar estabelecido que seja a paz.
4 – Se for inevitável chamar a atenção, faça com mansidão. A crítica é um remédio amargo. Porém só é eficaz quando é construtiva, amorosa, sem acusações e sem sentenças. Quem ama corrige.
5 – Nunca apontar os erros do passado. Errar é humano. Com a medida que medimos seremos medidos, está escrito.A pessoa é sempre maior do que os seus erros.
6 – A displicência com qualquer pessoa é tolerável, menos com o cônjuge. A falta de atenção para com o outro demonstra falta de zelo por aquele que Deus colocou no seu caminho. Seja atento ao que o outro diz, aos seus medos e as aspirações. Observar é preciso!
7 – Nunca ir dormir sem reconciliar-se. Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento. Não se pode deixar acumular problema sobre problema. Situações mal resolvidas não lhe imputando a devida importância é o tijolinho que constrói o muro da divisão
8 – Pelo menos uma vez ao dia, dizer ao outro uma palavra carinhosa. Não basta amar o outro...AMAR É VERBO AÇÃO...É preciso também COMUNICAR com palavras...Seja ela escrita ou falada. Como são importantes expressões de carinho que fazem o outro crescer: "EU TE AMO";"VOCÊ É MUITO IMPORTANTE PARA MIM, O QUE POSSO FAZER PARA QUE SEU DIA FIQUE MELHOR"
9 – Cometendo um erro saiba reconhecê-lo e pedir perdão... Seja humilde em reconhecer que você também pode ter colaborado para o erro do outro. Ninguém erra sozinho. Isto é humildade. Agindo assim, eliminamos o conflito e estabelecemos acima de tudo a harmonia e o amor. O verdadeiro amor lança fora todos os medos.
10 – Quando um não quer, dois não brigam. A melhor maneira é  digladiar-se com seu [...]EU (silenciosamente) evite dar munição para o inimigo de nossas almas, palavras duras suscitará a ira e desencadeiará a contenda. Muitas vezes é pelo silêncio de [...]um, que a calma retorna ao coração do outro...Lembrando, o amor tem que vencer, o mais importante é a paz e a alegria da bênção do casamento  firmado na rocha que é Cristo.
Luiza Valle FFaria

OS DEZ MANDAMENTOS PARA O MARIDO




1. Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e à tua esposa como Cristo amou a igreja (Dt 6.5, Ef 5.25);


2. Alegremente cumprirás o teu dever de provedor do lar, trabalhando e com o suor do teu rosto comerás o teu pão (Gn 3.19);

3. Protegerás a tua esposa com todas as tuas forças, tudo fazendo pelo seu bem-estar e segurança (Lc 12);

4. Darás honra a tua esposa como vaso mais fraco, coabitando com ela com conhecimento (1 Pe 3.7);

5. Vigiarás constantemente para não desejares a mulher do teu próximo (Mt 5.27);

6. Não darás lugar ao ciúme em tua mente, procurando ser puro em todas as coisas (Tt 1.15);

7. Manterás sempre o teu bom humor e não te irritarás com tua esposa (Cl 3.19);

8. Procurarás ter tempo para conversar com tua esposa, sabendo que ela tem necessidade de expressar o que lhe vai na alma (Ec 3.1);


9. Não mentirás a tua esposa, nem farás qualquer negócio sem que ela participe, procurando combinar com ela e ouvir sua opinião, como a auxiliadora (Zc 8.16);

10. Não serás avarento (pão duro), mas suprirás “graciosamente” as necessidades da sua esposa (Ef 5.5).



Shalom Adonai