quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Vale meditar? Medite...


[...]Em matéria de HERMENÊUTICA [1. Interpretação do sentido das palavras. 2. Arte de interpretar leis, códices, textos sagrados], bíblica, eu sempre busquei encontrar qual o real sentido e compreensão que se deve atribuir a um dos assuntos certamente infinitamente complexo, o qual, ao meu ver e é tratado de uma forma taxativa em numerosos círculos religiosos cristãos, a saber, a questão do divórcio.

Eu particularmente, me apoio a idéia de que casamento não se resume somente ao sexo, sempre enxerguei com uma "certa reserva" o rigor e o extremismo em se conceber a ruptura conjugal (além do falecimento), unicamente na hipótese da relação extra-conjugal, visto que, segundo creio, o casamento consiste numa aliança sagrada (pacto, compromisso) alicerçado em valores INFINITAMENTE MAIS IMPORTANTES QUE O SEXO.

Seria realmente estranho, concluir-se precipitadamente em apego ultra-restrito a "algumas" das palavras vertidas pelo Cristo, e ainda destoando da sua devida conotação histórica, criar-se uma corrente e um cadeado chamado ‘sexo’ a nos prender em escravidão ao cônjuge enquanto outros valores de maior sublimidade seriam desconsiderados? Ou, ainda que postos em segundo plano, nessa equação chamada fidelidade, justamente contrariando aquilo que a Bíblia, de maneira cristalina e global considera de mais precioso, o Amor, o respeito, o companheirismo e assistência recíprocas, etc.

Pois bem Temos informações através dos notciarios de TV de situações em que o marido espanca a sua mulher, outros que NÃO zelam pelo sustento da família, outros que são indiferentes ao bem estar emocional, psicológico da consorte. Enfim, abusos de toda sorte, indiferença, constrangimento, coação e injustiças sob os mais variados ângulos.

Poderia estes maridos (ou melhor, opressores) serem considerados como infratores aos votos conjugais? Decerto que sim, conquanto não tivessem necessariamente incorrido na não menos inditosa infidelidade sexual? Assim, incorreram estes no adultério "Espiritual", que certamente, detém enorme seriedade de impacto numa união.

O que é inegável e se deve nutrir e exaltar no matrimônio é o princípio denominado DIGNIDADE... O casamento existe para ser honrado na plenitude da sua dignidade, pois ele tem as marcas e fundação divinas. É instituto edênico, ladeando o santificado sábado...


Ademais, considerando a realidade, desde quando ingressei na igreja, SEMPRE me chamou a atenção, e me deixou inquieta o texto de Mateus 19:9, quando o nosso Jesus Cristo se refere a uma tradicional PRÁTICA SOCIAL ENTRE OS JUDEUS chamada de "REPÚDIO", in verbis: "Mt. 19.9 “Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério."

Neste diapasão, foi que busquei pesquisar sobre o assunto, mas a severidade da religiosidade a cada informação confesso não ficava a vontade. Até que fui agraciada pelo texto que recebi de meu esposo pr. Eliel. E o qual considero muitíssimo esclarecedor e seguramente afinado à minha posição, longe de representar suposta presunção a preponderar sobre a verdade e graça de Cristo, pelo contrário, apresentando-se, segundo creio, em inerrante harmonia com a verdade.


Aos que puderem, recomendo a leitura Jesus x Lei: Repúdio, Divórcio postagem anterior, e, se quiserem estejam livres aos comentários.

Shalom Adonai

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